domingo, julho 11, 2004

Latência

O texto de Cazuza talvez seja forte demais.
Ou por que não admitir que realmente é?

Não estou fingindo que perdoei,
Pois talvez nem mesmo haja o que perdoar...

De maneira alguma existe rancor ou mágoa.
E de maneira alguma irei permitir destruir o que foi construído,
O que foi belo, sincero e verdadeiro.
De maneira alguma vou fingir não ter vivido
O que vivi intensamente.

De maneira alguma negarei ainda existir carinho,
Afeto,
Saudade.

E que tolo seria eu se não admitisse que ainda existe amor.
Muito amor.

Porém, também existe dor e sofrimento.
Uma dor que escondo principalmente de mim
E que não está na hora de escancarar.

Vamos deixá-la aqui escondida por enquanto.
Quieta e latente,
Como um parasita.

E que o tempo se encarregue do resto...

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