domingo, março 27, 2005

O Feitiço do Tempo - 3ª Parte

E então, quando o mundo desabou de vez, quando a última esperança se foi, uma mão gigantesca do fundo do poço o retirou. Utilizou ferramentas com as quais ele sempre soube que não poderia contar e colocou-o de volta ao mundo em um lugar no qual ele nunca poderia pensar entrar. Colocou-o em um caminho que sua consciência e sabedoria nunca poderiam chegar, pois não havia meios de saber que era ali o seu lugar.

E de repente um admirável mundo novo se abriu... Ou talvez apenas seus sonhos e planos tenham voltado a ter sentido, não importa. O que importa agora é que o caminho até então escuro, sombrio e tempestuoso deu lugar a outro. Um caminho não menos longo e difícil, porém, agora com uma luz à frente a qual seguir. E é atrás dela que ele vai, lutando sim, porém sem esmorecer e fazendo de tudo para que este caminho torne-se não só completamente iluminado, porém também cheio de vida e de flores.

E agora sim eu posso dizer: Feliz Ano Novo! Feliz Vida Nova!

domingo, março 20, 2005

O Feitiço do Tempo - 2ª parte

Começar de novo. Talvez o problema todo fosse não ter nem mesmo idéia de como fazê-lo. Se os dias pareciam iguais, se o ano novo ainda não havia começado (vide "O Feitiço do Tempo - 1ª parte"), talvez fosse porque era eu quem não sabia o que fazer, como jogar fora tudo que foi construído até então e recomeçar do zero. Talvez...

Às vezes, fechado em meu quarto sem saber o que fazer, sentia-me como um inútil social, alguém que não fazia sentido algum para o mundo em que vivia. Um fardo para a mãe, um namorado que não podia dar à namorada nem um décimo do que gostaria, não só por não ter dinheiro para isso, mas principalmente porque me sentir daquela maneira fazia com que nem mesmo minha cabeça e meu coração pudessem dedicar-se 100 % ao relacionamento.

Não que a Flávia tenha um dia reclamado de algo... Nesse ponto creio que não poderia ter encontrado alguém mais compreensiva, amiga, carinhosa e sem um pingo de egoísmo. Alguém que sempre acreditou em mim até mesmo quando eu deixei de acreditar. Dela não escutei um esboço sequer de reclamação, pelo contrário, foram sempre palavras de incentivo, de consolo, além de um respeito, dedicação e inúmeras demonstrações de carinho das quais eu não me achava merecedor. Porém, eu mesmo não conseguia me perdoar por receber tanto e poder dar tão pouco...

Da minha mãe não posso dizer menos, pois sei o quanto sofreu por todo esse tempo ao me ver perdido. Sei o quanto ela torceu, rezou e se esforçou ao máximo para ajudar-me a levantar a cada tombo que levava. Sei que sem ela eu não teria chegado inteiro até aqui, não teria sobrevivido à tudo, não teria mantido minha sanidade. E talvez tenha sido por ela e para ela que ainda estou aqui.

Contudo, eu sempre tive consciência de uma coisa: por mais ajuda que possamos receber, todos nós temos nossos próprios limites. E por mais que eu não soubesse ao certo qual era o meu, era certo de que estava próximo dele. Próximo demais...

terça-feira, março 15, 2005

E o tempo passa...

A imagem refletida no espelho já não é mais a mesma. No entanto, ainda é muito difícil reconhecer nela o adulto a que representa. Por dentro ainda sinto-me como um adolescente, algumas vezes até uma criança que acha tudo muito chato neste mundo adulto.

Sim, eu gostaria de ser Peter Pan... Não crescer jamais, manter-me como uma eterna criança sem responsabilidades e em busca de aventuras. Não que ser criança seja algo fácil, pelo contrário, às vezes é muito complicado e dolorido. No entanto, ainda assim a vida era mais fácil, mais prazerosa e divertida.

Porém, isso acabou. E já faz muito tempo, apesar de eu ainda recusar-me a aceitar o fato. Contudo, meu espírito ainda é jovem e não irei me entregar às chatices de "gente grande" sem lutar. Aceito sim as responsabilidades, assumo todo o stress pelo qual tenho que passar, mas não irei deixar de lado a criança que ainda existe aqui dentro. De jeito nenhum.

Ainda quero e irei me divertir muito. E por muito tempo...

E agora vocês devem estar pensando: "por que diabos esse maluco está falando essas coisas aparentemente sem sentido?". Bom, tanta frescura era só pra informar a todos que o Tex aqui está completando no dia de hoje 27 anos muito bem vividos...

Caramba!! Parece que já posso ver o dígito das dezenas de meu odômetro começar lentamente a virar e passar do 2 para o 3... Afe! Como o tempo passa!!!


"Eu não tenho mais a cara que eu tinha,
No espelho essa cara não é minha.
Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho,
A minha barba estava desse tamanho..."

Arnaldo Antunes - Não Vou Me Adaptar



PS: Não poderia deixar de agradecer aqui às lindas palavras que a minha namorada coruja escreveu para e sobre mim em seu blog. Você não existe, Fofinha (e tá precisando aumentar o grau das suas lentes... hahaha). E quem quiser ver como ela é exagerada (hehehe), pode clicar aqui pra ler...

quinta-feira, março 10, 2005

De volta?

Sumido, eu? Tudo bem, eu confesso que dei uma largadinha nesse blog nas últimas semanas, porém não tem nenhum problema, não, pelo contrário. O fato é que ando com muita coisa na cabeça, dedicando-me a fazer várias coisas e não tenho tido muito tempo nem paciência para escrever alguma coisa ou ficar lendo os blogs alheios. Porém, eu prometo que irei me esforçar e que em breve voltarei a postar e a ler os blogs com freqüência.

Enquanto isso, para não dizer que não coloquei nada de útil neste post, segue abaixo outra frase engraçadinha, esta retirada do filme Pequeno Dicionário Amoroso :

"Casamento é que nem caipirinha de boteco : todo mundo sabe que dá dor de cabeça, mas todo mundo faz questão de experimentar".