sexta-feira, novembro 26, 2004

Em busca de uma resposta

Às vezes fugimos para tentarmos nos encontrar. Saímos procurando respostas, novos caminhos, um sentido ou motivo, qualquer coisa que nos tire da escuridão em que nos encontramos.

Comigo não foi diferente. Dirigi por centenas de quilômetros, cruzei estados, tentei me afastar de tudo e de todos, como se com isso pudesse, num piscar de olhos, mudar tudo o que acontecia.

Mas não foi isso o que aconteceu por lá. A diversão, por mais sadia que tenha sido, as companhias e as palhaçadas não me impediram de continuar sentindo dor, continuar sentindo a mesma faca que dilacerava meu peito e derramava lágrimas de meus olhos.

Dei-me conta então que fugir e mudar de ares não iria levar embora meu sofrimento. Não era estar em São Bernardo, São Paulo ou Blumenau que faria a diferença, pois era dentro de mim em que estavam os problemas e eu os levaria onde quer que fosse.

Porém, se não consegui abandonar meus problemas, se não consegui levar-me para longe deles, ainda assim a viagem surtiu o efeito desejado, pois de lá talvez tenha trazido as respostas, a solução desejada. E digo isso porque, quando voltei, minha mente se fez lúcida, ficando de repente muito claro que a resposta estava aqui mesmo, em minha vida.

Fugi buscando uma resposta. E foi necessário fugir para perceber que ela estava aqui mesmo, o tempo inteiro. E a resposta é muito simples: Viva!

Nenhum comentário:

Postar um comentário