segunda-feira, fevereiro 14, 2005

A Princesa e o Detetive - Parte I

Bom, já que não tive tempo de escrever nada nesse fds (tá bom, mentira, eu tava era de mau humor pq meu time perdeu de 3x0 do Santos), vou atender a um pedido de uma amiga (né, Ju?) e postar um texto que escrevi há uns 2 anos e meio, quando ainda estava na faculdade.

Aliás, já que o Blogger e o iG fizeram o favor de apagar meus blogs antigos e que a grande maioria dos leitores deste blog são novos, creio que de vez em quando vou aproveitar para postar algumas coisas que já foram postadas anteriormente, mas que não podem mais ser lidas devido às gracinhas dos hosts supracitados.

O texto abaixo é meio longo, portanto vou postar em duas partes. Além do que, é mais divertido deixar todo mundo curioso... :-)


A PRINCESA E O DETETIVE - PARTE I

Era um jantar formalíssimo. Black tie, é claro, era o jantar em homenagem à Princesa, a mais badalada princesa desde a morte de Lady Di. Sua visita ao país era o assunto principal, para não dizer único, tanto dos meios de comunicação quanto da população.

A formalidade do jantar (que na realidade era praticamente uma festa) era tanta que os convidados foram divididos em dois salões. O salão de cima era destinado somente à comitiva da Princesa e ao alto poder do país, desde os políticos mais influentes aos industriais mais poderosos. Já o salão de baixo por sua vez também era constituído por pessoas não menos importantes. Enfim, era uma grande festa da alta sociedade destinada à bela e famosa Princesa.

Após adentrar no salão de baixo, dirigi-me à escada que levava ao salão superior. O segurança, elegantemente vestido e de uma educação refinadíssima, abordou-me:

- Desculpe, senhor, o salão superior é reservado somente à comitiva de recepção à Princesa e aos seus convidados.

Retirei então do bolso o convite, entreguei-o ao segurança e disse:

- Sou convidado de honra da Princesa.

- Oh, queira perdoar-me, senhor, por favor, eu o acompanharei até o andar de cima.

- Não é necessário - respondi - Obrigado.

Subi as escadas e olhei para o interior do salão. Estava lotado, repleto de pessoas extremamente bem vestidas e de alto poder aquisitivo, mas não foi difícil avistá-la, já que todas as atenções estavam para ela voltadas. A adoração era tamanha que até mesmo o Presidente da República passava como mero coadjuvante da festa.

Ela estava linda, exuberante como sempre, a verdadeira personificação de uma princesa. Perfeita. Meu Deus - pensei - ela realmente se parece com a Cameron Diaz. Com a vantagem de ser uma princesa. A Princesa.

Fui então em sua direção, mas antes que precisasse abrir caminho entre os bajuladores, ela veio correndo até mim:

- Oi, meu amor! Que bom que chegou, estava morrendo de saudades.

- Oi ! - falei sorrindo - Também estava com saudades!

Beijei-a profundamente. Os lábios mais macios que eu já havia beijado, os mais doces, os mais suaves...

- Tex, a Princesa não devia beijar em público, sabia? - disse ela com uma voz séria, mas denunciando sua brincadeira ao sorrir docemente, apenas com seu olhar - Venha, tem uma mesa reservada só para nós.

Retribui o sorriso e conduzido por sua mão segui-a até o local por ela indicado, porém não deixando de perceber os olhares curiosos e admirados dirigidos a mim. Agora eu era o personagem principal da festa, eu, Tex Murphy, o pacato detetive de São Bernardo do Campo.

TO BE CONTINUED

Nenhum comentário:

Postar um comentário