quarta-feira, fevereiro 16, 2005

A Princesa e o Detetive - Parte II

Já sei, vocês leitores devem estar se perguntando o que eu estava fazendo beijando uma princesa, não? Pois então... a princesa era minha namorada. Isso mesmo, namorada, N-A-M-O-R-A-D-A, e daí? Vocês acham que só as mulheres têm direito a príncipe encantado?

Por incrível que pareça, eu a havia conhecido na internet, não me lembro exatamente como. Provavelmente devia ser uma das freqüentadoras do meu blog, não sei ao certo. Mas não importa. E não me olhem com essa cara! Qual é a de vocês, estão achando também que princesa não usa internet? Caiam na real, bem vindos ao século XXI ! Ela nem mesmo saía de casa, ou melhor, de seu palácio, sem seu laptop real!

Sentamos à mesa e ficamos curtindo um ao outro, agora com muito mais sossego, já que o lugar reservado por ela para nós era isolado do resto do salão. Após namorarmos um pouco, levantei, dirigi-me ao banheiro e quando estava voltando comecei a ouvir uma voz, vinda do salão de baixo. Era uma voz meio boba, retardada, mas ao mesmo tempo alta, muito alta. A voz falava aos convidados do salão inferior sobre mim, comentava sobre meu namoro com a Princesa, praticamente gritava, de modo que todo o salão superior podia ouvir. Que m... - pensei. Eu conhecia aquela voz! Conhecia muito bem. Que diabos o Bolsoni estava fazendo ali? Droga!

Voltei então à mesa e perguntei à Princesa se ela não queria ir para algum lugar mais reservado.

- Claro - disse ela - Venha, vamos com o meu jato particular.

Ainda bem - pensei - assim me livro do chato do Bolsoni.

E lá fomos nós... Subimos no jatinho, o piloto tomou todas as precauções necessárias, taxiou, acelerou, levantou o trem de pouso do chão e finalmente decolou, deixando para trás a festa e todos os convidados. Em breve seríamos apenas ela e eu. A Princesa e o detetive. Tex e a sósia de Cameron Diaz. Somente ela e eu.

Foi então que de repente percebi-me numa escuridão total. Abri os olhos e me vi deitado num sofá. Era o sofá do centro acadêmico da faculdade, o sofá da salinha reservada do centrinho, o sofá em que havia decidido tirar um cochilo enquanto não chegava o horário da aula!!! Tudo não havia passado de um sonho!!!

E lá fora uma voz gritava, conversando com outras pessoas. Uma voz meio boba, retardada, mas ao mesmo tempo alta, muito alta...

PORRA, BOLSONI, VAI ACORDAR A SUA MÃE !!!!


THE END

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